segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


Dinâmica no altoTibagi
com investimento maior
Widson Schwartz
 De todas as povoações no caminho de Curitiba até o “o passo do Itararé” para São Paulo, “a mais antiga e a que logo teve mais importância foi a de Castro

 Embora tenha cedido áreas para o desmembramento de outros municípios, 
Castro se mantém entre os maiores do Paraná: 2.531 quilômetros quadrados

            Ponta Grossa e Castro recebem hoje os maiores investimentos em industrialização – R$ 1,1 bilhão e R$ 790 milhões respectivamente – do interior do Estado, somente superados pelos valores relacionados a quatro municípios na região metropolitana de Curitiba. É o que demonstra anúncio do programa Paraná Competitivo, com incentivos fiscais do governo estadual.
          Aproxima-se de R$ 2,4 bilhões nosCmpos Gerais e nos quatro principais municípios nas cercanias do alto Tibagi (Castro, Ponta Grossa, Carambeí e Palmeira) os agentes são, também, empresas tradicionais e cooperativas. Com a origem numa antiga fazenda, Carambeí é o mais recente município (1995) e sua população tem uma das rendas mais altas do Estado.
          À exceção de Ponta Grossa, o polo, o crescimento populacional tem sido moderado e o porcentual de pessoas economicamente ativas ocupadas é muito alto. Em quatro décadas, de 1970 a 2010, a população de Palmeira cresceu 58,9%, de 20.270 para 32.220 moradores. O município abrange 1.457 km² e os seu produto interno bruto (PIB) em 2010 atingiu R$ 482 milhões e 300 mil (R$ 15.014 por habitante).
          Infere-se que a atividade familiar nas propriedades é preponderante, levando-se em conta que da população economicamente ativa, 15.858 pessoas, quase a totalidade se encontrava ocupada em 2010, conforme o IBGE. Já oferta de 6.326 empregos no município se deve a 896 estabelecimentos nos diversos ramos.   
          Maior cidade em uma das regiões com a agricultura mais avançada, Ponta Grossa é, também, o segundo polo industrial do Paraná; no período de 42 anos, entre 1970 e 2012, a população ponta-grossense aumentou 146%, de 129.200 para 317.300 moradores. A tendência é continuar crescendo, pelo que oferece em todos os setores e a geração de empregos. Conforme o programa Paraná Competitivo, o total de R$ 1,1 bilhão programados no município correspondem a 10 empresas. O PIB municipal em 2010 atingiu R$ 5 bilhões e 900 mil, com a substancial participação da indústria em segundo lugar, depois dos serviços. A renda per capita, R$ 19.012, está próxima da média paranaense (R$ 20.814).
          Criado em 1995 e instalado em 1.º de janeiro de 1997, o município de Carambeí ocupa 649 km², com 19.813 habitantes. O PIB em 2010 atingiu R$ 784 milhões e 226 mil, que corresponde a R$ 40.907 por habitante, uma das rendas mais elevadas no Estado, superada somente por valores em outros cinco municípios. Pelo número de propriedades familiares, a atividade predominante e o cooperativismo, presume-se uma melhor distribuição da renda em Carambeí. Conforme dados do IBGE referentes a 2010, havia em Carambeí 9.061 pessoas economicamente ativas, das quais 8.473 ocupadas. Mas, em 2011, o número de empregados no município é maior: 10.039, em 698 estabelecimentos de ramos diversos.      


Atualidade
em Castro

            De todas as povoações no caminho de Curitiba até o “o passo do Itararé” para São Paulo, “a mais antiga e a que logo teve mais importância foi a de Castro, sobre o rio Iapó, no começo do sertão do Tibagi”, concluiu o historiador Rocha Pombo em “O Paraná no Centenário” (José Olympio Editora/Secretaria da Cultura e do Esporte-PR – 1980). 
          Embora tenha cedido áreas para o desmembramento de outros municípios, Castro se mantém entre os maiores do Paraná: 2.531 km². Sua densidade demográfica é relativamente baixa, 26 habitantes por km². No período 1970-2010, a população aumentou de 38 mil para 67 mil moradores. O município está crescendo economicamente, indica o PIB de 2010, R$ 1 bilhão e 144 milhões, diferença de R$ 100 milhões acima do anterior.
          Conforme o  programa Paraná Competitivo, os investimentos totalizando R$ 790 milhões  correspondem a quatro novos empreendimentos, que já começaram. É a mais alta soma  fora da região metropolitana de Curitiba e depois de Ponta Grossa.